John Waters. Se você assistiu o filme Cry Baby e gostou, você é fã dele. Na escala do bizarro, sua obra prima é o polêmico "Pink Flamingos", que atinge seu ápice com a travesti Divine comendo cocô de cachorro. Pois bem. Estava eu na Virgin Megastore de Los Angeles, final de viagem, pouco dinheiro, vôo longo pela frente e cabeça cheia de idéias conspiratórias quando vejo numa prateleira o livro "Crackpot – The Obsessions of John Waters". Na contracapa, descubro que o livro
foi publicado em 1986 e vou direto pro caixa pagar. Achei o que estava procurando.
Além de uma introdução engraçada, em que conta como conseguiu parar de fumar e porque voltou, depois de 8 anos, (ele tem o dom de fazer uma lista com 70 motivos para manter-se longe do cigarro), "Crackpot" contém 14 capítulos sobre os mais variados assuntos, de lugares a pessoas, de filmes B a política.
O primeiro "capítulo", ainda que um pouco tardio para mim, é justamente uma espécie de guia sobre a cidade de Los Angeles. Esqueça a Calçada da Fama. John é, sim, louco por celebridades, mas prefere visitar os cemitérios onde estão enterrados os animais de estimação das divas de Hollywood e as ruas onde crimes famosos aconteceram. Das dicas dele, tentei o quanto pude ir ao Russ Meyer Museum. Mas o local, que por anos foi mantido pelo tarado diretor de Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965), já não existia mais. Que droga. Fiquei tão entusiasmada que esqueci que o maldito livro foi publicado em 1986.
Confira um vídeo de Waters provocando. E fumando. E fumando.
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Um comentário:
Além de lindo é debochado... ou seria o contrário?
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